Isso não só poderia explicar a história de Sodoma e Gomorra (31° 12′ 0″ N, 35° 30′ 0″ E), mas a trajectória descrita pelo astrônomo há mais de cinco mil anos serve igualmente para responder ao enigma do deslizamento de terras que existe em Köfels (Áustria).
Pode um meteorito destruir Sodoma e Gomorra, no Médio Oriente, provocar um deslizamento de terras de cinco quilómetros na Áustria e se dissipar sem deixar uma cratera?
Mark Hempsell descobriu as respostas após decifrar a argila suméria.
Graças a um software capaz de simular o céu de há milhares de anos, Hempsell e o director da Reaction Engines, Alan Bond, chegaram à conclusão de que o meteorito colidiu com uma montanha antes atingir Köfels. Isto fez com que explodisse e se transformasse numa bola de fogo durante a sua viagem vale abaixo, o que explicaria o deslizamento de terras e o facto de não haver cratera, já que, ao ocorrer a colisão em Köfels, o material do meteorito não era sólido.
A explosão do asteróide originou uma nuvem com gases e materiais em suspensão a temperaturas elevadas que viajou até ao Leste do Mediterrâneo, alcançando Egipto, e que pode ter causado a morte e a destruição de povoações inteiras. O professor afirmou que acredita que os efeitos do meteorito deram lugar à história de Sodoma e Gomorra, na qual Deus destruiu estas cidades pecadoras com fogo e enxofre.
A Bíblia, em Gênesis (Cap. 19, Ver. 24), refere que “O Senhor fez então cair sobre Sodoma e Gomorra uma chuva de enxofre e de fogo”, que é, segundo os cientistas, a descrição mais similar a uma tempestade de meteoritos. No entanto, Hempsell mostrou-se aberto a que outros pesquisadores dêem palpites sobre o assunto e levantem novas hipóteses sobre o que aconteceu com as duas cidades.
A tábua cuneiforme, crucial para estas descobertas e conhecida como “planisfério”, foi encontrada no Real Palacio de Ninawa (Iraque) em meados de século XIX e transformou-se em um objecto de estudo de muitos pesquisadores.